Pensamento...

"Eu sou o Colombo da minha alma e diariamente descubro nela novas regiões." | Gibran Khalil Gibran.

Buscadores espirituais...


 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PENSAMENTO SOBRE O SILÊNCIO - I

"Arrependo-me muitas vezes de ter falado, nunca de ter silenciado." - Cícero.

Do livro:

Pensamentos..., p.121.

domingo, 28 de novembro de 2010

VOLTAR A ORAR

Quando você era pequeno
A sua mãe lhe ensinou a orar,
As mãos dela se uniam as suas
Para com Deus conversar...

Aquela prática se repetia
Toda noite, antes de dormir,
Pedindo a Deus que os anjos
Viessem lhe ajudar e assistir.

Mas você cresceu depressa
E acabou se afastando
Tanto da mãe, quanto de Deus,
Perdido no mundo, deambulando...

Mas você não ficou ileso
Aos fortes temporais da vida
Que atingem a todos
De maneira repetida.

Num deles, pela sua intensidade,
Você, desesperado, começou a chorar.
Mas lembrou-se da lição da mãe
E, com fé e humildade, voltou a orar...

sábado, 27 de novembro de 2010

TRANSFORMAÇÃO PARA MELHOR

Acender pequenina vela

Em meio à escuridão,

É melhorar a si mesmo

Na estrada da evolução!

Do livro:

Ensinamentos para uma vida mellhor, cap. 7, p.68.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

LANÇAMENTO: A HISTÓRIA DE TONINHO (INFANTIL)


Este novo livro apresenta o meu primeiro texto destinado ao público infantil. Ele é fruto de dois convites, um antigo e outro mais recente: da amiga Mariane, que pensa muito no futuro da geração que está se formando; e das colegas que organizaram o I Sarau Literário do C.M.E. Ayrton Senna – U.E.F. que, generosas, lembraram-se de mim. A todas agradeço!!!
O livrinho conta a história de um menino chamado Toninho. Muito sapeca, deixava a sua mãe de cabelo em pé. Fazia o que queria e não pensava nas consequências, até que algo lhe aconteceu e transformou-o por completo.
O texto está organizado em estrofes de quatro versos e apresenta belas ilustrações em preto e branco feitas pela querida amiga Rúbia, a quem também agradeço, sobretudo por ter acolhido esse desafio de coração aberto. As ilustrações completam e enriquecem o texto. Está em preparo uma versão que traz ilustrações coloridas que será disponibilizada gratuitamente para download.
O livro está disponível na Feira do Livro de Novo Hamburgo-RS, banca da UME-NH.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ALGUÉM TE ESPERA

Se o teu coração se exaspera
Ante o sofrimento e a dor
Que dilaceram, seja onde for,
Perante as vidas em espera...

...de uma mão amiga e sincera;
...de um abraço terno e acolhedor;
...de um coração que tenha amor;
...de uma manhã de primavera...

Sê tu, pois, aquele que ajuda!
Mobiliza tuas forças e muda
A condição dos desfavorecidos.

Vence o desânimo que te oprime,
Estende as mãos e vai, firme,
Socorrer os que estão caídos!

Do livro:
Alguém te espera & outros poemas

domingo, 21 de novembro de 2010

LANÇAMENTO: ALGUÉM TE ESPERA & OUTROS POEMAS




Este ano, embora as provações que nos irmanam neste mundo, tem sido de muitas bênçãos para mim. Tenho conseguido publicar tanto neste blog quanto na forma de livros alguns textos em prosa e em verso que já estavam rascunhados há muito tempo. Era um sonho bem antigo...
Walt Disney costumava dizer: “Se você pode sonhar, você pode fazer!” É com alegria que eu compartilho com vocês mais um sonho, a publicação do livrinho “Alguém te espera & outros poemas”. O seu conteúdo não é novidade, excetuando os sonetos, as demais composições poéticas já encontram-se publicadas neste blog.
Se tudo der certo, ele estará disponível na Feira do Livro de Novo Hamburgo, na banca da UME.
Aproveito para agradecer aos amigos queridos e sempre generosos que acessam frequentemente este blog. É para vocês que eu escrevo e que dedico esse novo trabalho.
Segue a transcrição do prefácio:
Certa feita, o Espírito Emmanuel, através do médium Francisco C. Xavier teria profetizado que as crenças espíritas iriam se popularizar ainda mais através da arte. Assistimos na atualidade a concretização dessa promessa. As peças teatrais, as novelas e os filmes que se baseiam nos princípios espiritistas têm se multiplicado de forma surpreendente, revelando o interesse de milhares de pessoas pela realidade espiritual.
Guardadas as proporções, também desejamos contribuir para a propagação do Espiritismo fazendo uso da arte. Para tanto, oferecemos um conjunto de 36 poemas, alguns sonetos e outras composições mais livres, expressando ideias, princípios, sentimentos, emoções, sonhos, orações...
Cada poema, não obstante a sua simplicidade de forma e de fundo, alimenta a pretensão de contagiar o leitor para o trabalho da sua própria espiritualização, a fim de que aprofunde a sua ligação com Deus e amplie o conhecimento a respeito de si mesmo.
Alguns dos poemas deste livro já foram publicados em sites espíritas e no blog http://carlossteigleder.blogspot.com.
Mais uma vez, pedimos escusas pelas imperfeições presentes em nossa produção poética, desejando que ao menos um dos versos deste livro possa contribuir para a sua reflexão e para a sua busca espiritual.
Formulando votos de paz,
Carlos G. Steigleder
Sapiranga, novembro de 2010.”

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PRIORIDADE



Em nosso mundo atribulado
De corre-corre e de pressa
São poucos os que se detêm
No que realmente interessa!

A busca desenfreada
Pelos bens materiais
Afasta as criaturas
Dos nobres ideais...

Quem apenas se ocupa
Com bens, títulos, aparência...
Ignora por completo
O sentido da existência.

Por um instante, pára,
Pensa, reflete e medita!
Será que vale à pena
Trazer a alma tão aflita?

Reorganiza a tua vida,
Tendo como prioridade
O desenvolvimento
Da tua espiritualdiade!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ATUAL EXISTÊNCIA

A nossa atual existência
Mantém estreitas relações
Com os acontecimentos
Das outras encarnações!

Retirado do livro:

A Espiritualidade em Quadras, p.200.

sábado, 13 de novembro de 2010

O DOM DA MEDIUNIDADE

Excertos do cap. 14, O Dom da Mediunidade, do livro A Espiritualidade em Quadras:
A mediunidade nada mais é do que um meio que permite a comunicação entre o mundo material e o mundo espiritual.
Quem melhor a define e explica é Allan Kardec, pontuando que:
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva (…)1.”
A mediunidade, desta forma, só pode ser considerada como um dom na condição de qualidade natural, que é inata ao indivíduo, jamais configurando nenhum tipo de privilégio ou concessão especial, muito embora algumas pessoas equivocadamente a considerem nesse sentido.
Todos nós, portanto, somos médiuns, querendo ou não. A cada instante uma multidão de Espíritos nos cerca e ainda que não percebamos a sua presença, não estamos livre da influência que podem exercer e que de fato exercem em nossa vida. Tal influenciação ocorre em função da mediunidade que temos.
[…]

1KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 62.ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1996. Item 159. p.203.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

PENSAMENTO SOBRE A PAZ - I

"A paz não pode ser mantida à força. Só pode ser conseguida pela compreensão." - Albert Einstein

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UM DESPERTAR ESPIRITUAL

Danilo estava no hospital,
Tinha 63 anos,
Era novo, cheio de planos...
Arrogante, se achava o tal.

O câncer estava espalhado
Por todo o sistema linfático
Tornando-o fraco e apático,
Cada vez mais prostrado.

Nunca se preocupou em saber
À respeito das coisas da alma,
Só queria vida boa e calma:
Mulheres, bebidas, festas, prazer...

Não constituiu uma família
Com esposa, filhos e netos.
Vivia só, carente de afetos.
Era infeliz, mas não sabia!

Em ritmo acelerado, frenesi,,
Queria apenas o próprio bem,
Não se interessava por ninguém,
Egoísta, só pensava em si!

Mas a vida passou depressa
E ele, no leito hospitalar,
Encontrou tempo para meditar,
Chegando até a fazer promessa...

Disse a Deus que se fosse curado
Mudaria por completo a sua vida,
Faria o bem de forma repetida
A quem estivesse do seu lado.

Comprometia-se em orar mais,
Buscando as diretrizes do Céu
Para não caminhar mais ao léu,
Ignorante das coisas espirituais!

No entanto, chegara a hora
Do instante derradeiro,
Triste fim de um aventureiro
Que jogou a vida fora...

Danilo despertou
Após longa perturbação
Num lugar de desolação
Que para si mesmo buscou.

A morte estabelece
Com matemática precisão
A exata e justa posição
Que cada qual merece.

Bons e maus, do Outro Lado,
Sofrem em si a consequência
Da maldade ou da benevolência
De cada ato praticado.

Danilo vacilara...
Estava desesperado,
Triste e envergonhado
Da vida que levara.

“Ah, se eu soubesse...”
Ruminava, arrependido,
Entre lamentos e gemidos
Improvisando uma prece:

“Oh, Senhor! Tende piedade
Dos erros que cometi,
Da vida que vivi,
Ignorante da Verdade...

Tira-me deste antro
De sombra e perdição,
De angústia e inquietação,
De medo e de pranto!”

Deus, em sua bondade infinita,
Sempre escuta aquele que ora
Enviando socorro sem demora
Para a alma frágil e aflita.

Então, uma luz rasgou a treva
E Danilo ficou espantado
Ao reconhecer ao seu lado
A presença da mãe, D. Eva.

Num reencontro comovente
Filho e mãe se abraçaram
E de mãos dadas abandonaram
Aquele abismo deprimente...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

DEFINIÇÃO DE FELICIDADE


A felicidade
Não tem definição,
É a Divindade
Dentro do coração!

Do livro:
A Espiritualdiade em Quadras, p.49.

domingo, 7 de novembro de 2010

RESPOSTAS DE AMIGO - CHICO XAVIER / JUCA MUNIZ

Psicografia do médium Francisco C. Xavier.
Autor Espiritual: Juca Muniz

Jamais te digas inútil
E deixa a ideia do azar,
Cada pessoa no mundo
Tem um dom a partilhar.

Escuta!... O Céu nota e vê
O teu passo hora por hora...
Deus necessita de ti
Onde te encontras agora.

Prova na escola da vida,
Ensino que vai e vem...
Desânimo não resolve,
Nem auxilia a ninguém.

Felicidade, a rigor,
Tal qual se busca entender;
É a gente dar-se, de todo,
Ao que se deve fazer.

Se queres paz e alegria
Ouve este aviso comum:
Não desistas do trabalho,
Nem guardes remorso algum.

O que tens, seja alegria,
Saúde, corpo doente,
Encargo, inércia, penúria,
Tudo começa na mente.

Qualquer recurso no tempo,
Alegria, luz e paz,
Treva, aflição, amargura,
Vem daquilo que se faz.

Trabalha. Nada reclames.
Desajustes passarão.
Serviço silencioso
É base de promoção.

Retirado do livro:
XAVIER, Francisco C. / PIRES, J. Herculano. Diálogo dos Vivos. São Bernardo do Campo-SP: GEEM, 1974. p.108.

sábado, 6 de novembro de 2010

A FÉ ESPÍRITA



Diferente de todas as outras
Por apoiar-se em evidências
A fé espírita nos guia
Nos rumos da transcendência...

Essa fé é inconfundível,
Como ela, não há outra igual:
Esclarece, instrui, ilumina,
Faz ver o bem até no mal,

Acalma, balsamiza, consola,
Seca as lágrimas dos que choram,
Levanta os que estão caídos,
Eleva os corações que oram...

Tem o dom de reanimar
Aqueles que estão cansados,
De dar paz aos revoltados,
Esperança aos desesperados...

Só ela legitima a certeza
Da vida que vai além da morte
Conferindo ao ser humano
Uma nova luz, um novo norte!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O DOM DA MEDIUNIDADE - MARLENE NOBRE

 
 
 
Para compreender a fundo a questão mediúnica, O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, segue sendo a referência indispensável. Isso não quer dizer, todavia, que as demais obras que abordam a questão não o sejam. Pelo contrário, desempenham o importante papel de desdobrar e ampliar os seus fundamentos.
Um dos livros que cumpre satisfatoriamente esse papel é o que elegemos para comentar nesta semana: O Dom da Mediunidade – um sentido novo para a vida humana, um novo sentido para a humanidade, da médica, pesquisadora e conferencista Marlene Nobre.  Um dos muitos méritos do livro é tratar da mediunidade, como esclarece a autora na introdução, numa perspectiva que vai do céu para a terra, isto é, a partir dos informes dos Intrutores Espirituais, buscando compreender os seus mecanismos de funcionamento.
Embasada em Kardec, em metapsiquistas, em parapsicólogos e, sobretudo, nas revelações espirituais feitas pelo espírito André Luiz através do médium Chico Xavier, a autora contou com vastos subsídios teóricos, metodológicos e experimentais para elaborar o seu modelo descritivo e explicativo da faculdade mediúnica, fazendo-o com primor e grande poder de síntese.
O livro presta-se ao aprofundamento da compreensão da mediunidade, mas se aqueles que não têm muita familiaridade com o assunto vierem a lê-lo, não encontrarão muitos obstáculos, pois o texto é claro e conciso, os assuntos estão muito bem organizados e distribuídos nos capítulos e o estilo é simples e objetivo.
É um livro que todo o estudioso do Espiritismo deveria ter em sua biblioteca.
Segue abaixo a introdução do livro feita pela autora:
Você tem sentido batedeira no coração (taquicardia), arrepios pelo corpo, vontade de chorar sem motivo? Irrita-se com qualquer fato? Tem sonolência exagerada? Ou outros distúrbios do sono, como insônia, terror noturno? Padece, há anos, de dores pelo corpo, sem que encontre uma causa definida? Ou sente um pânico terrível sem causa conhecida?
Se você tem dois, três, ou mais, desses sintomas, já fez todos os exames aconselhados pelo médico com o qual se trata, tem feito uso regular dos remédios indicados, sem obter melhoras substanciais, fique alerta, porque tudo indica que você tem mediunidade.
Este livro pretende apresentar a mediunidade e o seu significado na vida das pessoas. Pretende explicar como a mediunidade aparece e por que ela é a causa de tantos sintomas como os que descrevemos acima. Tem também por objetivo explicar o modo pelo qual é possível lidar com a mediunidade de uma maneira saudável e benéfica para o corpo e para a alma.
De início, conceituamos mediunidade, procurando dar-lhe o seu real sentido. É faculdade inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar. Por suas características, amplia os sentidos corpóreos e alarga, em graus variados, a capacidade de comunicação com o plano físico e com o espiritual. Suas raízes prendem-se à natureza mesma da constituição humana. Para entendê-la, é preciso ir além da matéria densa; compreender que somos constituídos de corpo físico, envoltórios sutis e espírito. Entendendo-se, por envoltórios sutis, os corpos invisíveis de que se reveste a alma -perispírito e corpo mental - ambos constituídos de matéria quintessenciada, até o momento, não detectada pelos aparelhos comuns existentes na Terra, porque se baseiam em tecnologia voltada à matéria conhecida.
As raízes da mediunidade estão fincadas no perispírito ou corpo espiritual, porque esse envoltório sutil permite a ação do espírito sobre a matéria; concentra em sua organização a perfectibilidade dos sentidos, possibilitando ao ser humano fazer uso de um sentido novo, que lhe expande a capacidade de comunicação, muito além dos sentidos corpóreos.
No exercício dessa função, o perispírito precisa utilizar-se de estruturas neurológicas ou implementos sensíveis do cérebro físico, que têm capacidade de captar a mensagem espiritual, em graus muito diferentes, e passar a informação do mundo extrafísico ao material. Com isso, a mensagem espiritual torna-se perceptível aos seres humanos, quer seja ela registrada de forma inconsciente ou subliminar, ou de maneira consciente, integral ou parcialmente.
Dentre essas estruturas cerebrais, a glândula pineal é a mais importante. Também conhecida como glândula da vida mental, ela recebe, decodifica e transmite as mensagens extrafísicas às várias regiões do cérebro, para que possam ser interpretadas e compreendidas. É fácil descobrir, assim, por que todos somos médiuns. Afinal de contas, todos nós possuímos perispírito e glândula pineal. Mas por que só algumas pessoas são médiuns ostensivos, ou seja, por que só em algumas pessoas a mediunidade se manifesta tal como a conhecemos? Além disso, por que apenas algumas pessoas exercem, efetiva e regularmente, os dons da mediunidade?
A explicação está na própria constituição do perispírito e da glândula pineal, conforme analisaremos nos Capítulos 3, 4 e 5 deste livro. Embora, sobre esse assunto, tenhamos mais perguntas do que respostas, propomos uma reflexão mais acurada sobre as revelações, inspirando-se nelas para efetuar pesquisas e ampliar conhecimentos.
Em uma das inúmeras entrevistas que deu, Chico Xavier, indagado sobre o conceito de mediunidade, enfatizou: "... Na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade de intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e pensamento". E, em seguida, esclareceu: "Os sintomas podem ser variados, de acordo com o tipo de mediunidade. Irritabilidade, sonolência sem motivo, dores sem diagnóstico definido, mau humor e choro inexplicável podem indicar necessidade de esclarecimento e estudo".
Daquilo que hoje conhecemos, este livro procurou ressaltar os principais sintomas da mediunidade, segundo a diversidade dos dons ou carismas, vinculando a maioria deles às próprias funções da pineal. Assim como mostramos de que forma podem se tornar permanentes, constituindo-se, muitas vezes, em grave ameaça à saúde física e mental, na chamada mediunidade torturada ou na obsessão. Com isso, somos levados a ressaltar a importância dos pensamentos, uma vez que eles são tão essenciais na mediunidade quanto o leito é para o rio. Na verdade, constituem-se na base fundamental de toda comunicação.
Conhecer esses dados é importante para quem deseja desenvolver sadiamente a mediunidade, ou seja, educar-se mediunicamente. Para isso, é aconselhável procurar informações em fontes seguras, tanto em cursos e seminários, na Casa Espírita, quanto em leituras sadias, selecionando livros que instruam e estimulem o seu bom uso. No decorrer deste livro, seguimos as revelações dos espíritos instrutores contidas nas obras de Allan Kardec, no século XIX, e de Chico Xavier - Emmanuel, no século XX.
Para lançar as bases do Espiritismo, o Codificador da Doutrina conseguiu marginalizar a fraude, expulsando-a dos experimentos que fez; procurou estudar e classificar os fenômenos e seus produtores - os médiuns. Demonstrou que muitos dos fenômenos tinham origem na psique do próprio médium, sendo, portanto, fenômenos anímicos, como os denominamos hoje.
Seguindo a orientação de Kardec e a dos instrutores do século XX, há duas maneiras de classificar a mediunidade. A primeira delas tem por critério a fonte produtora: os fenômenos podem ser anímicos, i.e., produzidos pelos espíritos encarnados, ou podem ser espiríticos, produzidos por desencarnados. A segunda maneira de classificar a mediunidade se dá segundo o critério dos efeitos que podem ser físicos ou intelectuais, e produzidos tanto pelas almas dos chamados vivos quanto dos mortos.
Para facilitar a compreensão dos fenômenos anímicos - os produzidos pelo próprio espírito encarnado -, ilustramos com alguns exemplos, em capítulos como o do Fantasma Azul-Alaranjado, o dA Despedida de Elisa, o do Passageiro Salva Tripulação de Navio Encalhado, etc. Com eles, fica fácil compreender que a alma não está encarcerada no corpo, como se estivesse em uma caixa hermeticamente fechada, mas pode extravasar-se e comunicar-se além dos sentidos corpóreos.
Estão englobados, nos fenômenos anímicos, o desdobramento ou experiência fora do corpo, os diversos graus de sonambulismo natural, ou aqueles obtidos sob ordem hipnótica, a letargia, a catalepsia, a dupla vista, a doação de ectoplasma, etc. Desses, damos especial ênfase aos casos de desdobramento, seguidos de aparecimento dos duplos, até o fenômeno da bicorporeidade, quando o médium pode ser visto, materializado, em duas cidades ou localidades diferentes, ao mesmo tempo.
Os fenômenos anímicos tanto podem ser acompanhados de efeitos físicos quanto intelectuais. Há encarnados que podem emitir comunicações através da fala e da escrita, tendo a si próprios como intermediários, ou se servindo de outros medianeiros, para passar a mensagem, por exemplo, enquanto estão em estado de coma.
Além desses, existem os fenômenos espiríticos que se constituem na comunicação dos desencarnados. São considerados fenômenos mediúnicos propriamente ditos e podem produzir efeitos físicos e intelectuais. Dentre os efeitos físicos, são analisados os casos de materialização dos espíritos, completa ou parcial; as pancadas ou batidas; os transportes de pessoas ou objetos; a levitação; a doação de ectoplasma para os serviços de cura, etc. Dentre os fenômenos intelectuais, analisaremos a vidência, a audiência, a psicofonia, ou incorporação, a psicografia, a psicometria, etc.
A mediunidade é um sentido especial na vida do ser humano, que traz percalços e compromissos, mas também muito bem-estar, desde que sejam seguidos os caminhos que lhe tragam maior felicidade espiritual. Para tanto, o médium precisa aplicá-la tendo por base a caridade, o bem do próximo, vinculando-a, profundamente, à sua melhoria moral, que implica esforços constantes em vencer suas más inclinações, representadas pelos vícios, entre os quais o orgulho, a vaidade, a presunção. Quando exercida nessas bases, o médium passa a conhecer-se melhor e o seu desenvolvimento equivale a numerosas e prolongadas sessões de psicanálise, tendo como recompensa final a sensação de paz íntima, fruto do dever cumprido.
Mais do que um precursor, Kardec foi o fundador da ciência do paranormal. Com ele, temos o estudo minucioso da mediunidade; a classificação dos espíritos e dos médiuns; o papel desempenhado por estes nas comunicações e sua influência moral; a confluência da "constelação familiar invisível", que age sobre o médium e que é por ele influenciada; as interferências, mesmo inconscientes, dos pesquisadores e dos assistentes; os inconvenientes e perigos do exercício mediúnico mal direcionado; as rupturas dos campos psíquicos com a interferência de mentes estranhas, gerando processos obsessivos; as ações de cura magnética, etc. Tudo isso foi objeto de detalhado estudo, constituindo-se O Livro dos Médiuns em um verdadeiro tratado para a prática do paranormal. Sem Kardec, portanto, não há estudo sério das manifestações espirituais.
É preciso reconhecer, todavia, conforme a advertência dos próprios espíritos instrutores, que se comunicavam à época da Codificação, que o tempo passa e outros tipos de comunicação surgem, o progresso humano é inevitável, e, conseqüentemente, o da própria faculdade mediúnica.
Por isso mesmo, ao longo deste livro, adicionamos, às informações pioneiras de Allan Kardec, as revelações espirituais respigadas, na obra Chico Xavier - Emmanuel, elaborada ao longo do século XX, particularmente nos livros de autoria do médico desencarnado André Luiz, que as ampliam e complementam. Aliás, são elas que dão a real perspectiva pela qual descrevemos os fenômenos nesta obra: do céu para a terra. Essa visão privilegiada, proporcionada pelos espíritos instrutores, permitiu-nos observar melhor os fatos já descritos e pesquisados anteriormente, não apenas por Kardec, mas também por metapsiquistas e parapsicólogos, que são, no entanto, de difícil assimilação por parte dos que lidam, diuturnamente, com a mediunidade, quais sejam, os fenômenos anímicos, os de exteriorização da sensibilidade, o de psi-cometria, etc.
Não podemos nos esquecer, igualmente, de que a Ciência teve extraordinários avanços, no século XX, principalmente quanto às revoluções conceituais da física quântica, que têm lançado novas luzes à compreensão dos fenômenos mediúnicos, como podemos constatar nas inúmeras informações importantes contidas nos livros Mecanismos da Mediunidade e Evolução em Dois Mundos. Estas, porém, embora tenham sido inseridas em vários capítulos deste livro, não poderiam se constituir, aqui, em objeto de estudo específico, por isso, reconhecemos a necessidade de analisá-las, futuramente, em uma obra de cunho científico, que seja fruto de um trabalho de equipe, na qual procuremos dissecar a neurofisiologia da mediunidade.
Neste livro, também não teríamos condições de dar mais amplas informações sobre os fenômenos de cura, em toda a sua diversidade e complexidade, razão pela qual pretendemos dedicar-lhes uma obra exclusiva no futuro. Aqui, fornecemos tão-somente algumas questões básicas para quem deseja dedicar-se aos passes ou às ações magnéticas de cura. Do mesmo modo, não foi possível abordar, neste livro, em profundidade o desenvolvimento da mediunidade e os fracassos e sucessos de médiuns e doutrinadores, nas tarefas assumidas perante o Mundo Maior; apenas fornecemos alguns dos dados mais importantes sobre o assunto, quando tratamos de mediunidade e obsessão. Pretendemos, no entanto, voltar a este tema em obra à parte.” (NOBRE, 2007, p.11-18).
Referência:
NOBRE, Marlene. O dom da mediunidade – um sentido novo para a vida humana, um novo sentido para a humanidade. São Paulo: FE Editora Jornalística, 2007. 186p.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DA GOTA D`ÁGUA À IMENSIDÃO

Deus está presente

Em toda a Criação,

Desde a gota d`água

Até a imensidão!


Retirado do livro:

50 Quadras sobre Deus, p.37.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

JORNAL DO ALMOÇO - RBS/TV - 02/11-2010

Ao longo desta edição do JA-RBS são apresentadas várias matérias que enfocam a temática da morte. Chamo a atenção para a divulgação de um livro infantil sobre o desencarne ("Meu avô desencarnou") publicado pela FERGS e para o depoimento de duas mulheres com câncer terminal. É emocionante. Trata-se de um convite para valorizarmos mais a nossa vida...

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